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terça-feira, 24 de julho de 2012

PROGRESSÃO DOS MUNDOS

PROGRESSÃO DOS MUNDOS


19. O progresso é uma das leis da Natureza; todos os seres da Criação, animados e inanimados, a ele estão submetidos pela bondade de Deus,  que quer que tudo engrandeça e prospere. A própria destruição, que parece aos homens o termo das coisas, não é senão um meio de atingir, pela transformação, um estado mais perfeito, porque tudo morre para renascer, e coisa alguma se torna nada.

Ao mesmo tempo em que os seres vivos progridem moralmente, os mundos que eles habitam progridem materialmente. Quem pudesse seguir um mundo nas suas diversas fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos que serviram à sua constituição, vê-lo-ia percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas por graus insensíveis a cada geração, e oferecer aos seus habitantes uma morada mais agradável, à medida que estes avançam, eles mesmos, na senda do progresso. Assim, caminha paralelemente o progresso do homem, o dos animais seus auxiliares, dos vegetais e da habitação, porque nada é estacionário na Natureza. Quanto esta ideia é grande e digna da majestade do Criador! E, ao contrário, quanto é pequena e indigna do seu poder aquela que concentra sua solicitude, e sua providência, sobre o imperceptível grão de areia da Terra, e restringe a Humanidade a alguns homens que a habitam!

A Terra, seguindo essa lei, esteve material e moralmente num estado inferior ao que está hoje, e atingirá sob esse duplo aspecto, um grau mais avançado. Ela atingiu um de seus períodos de transformação, em que, de mundo expiatório, tornar-se-á  mundo regenerador; então, os homens serão felizes, porque a lei de Deus nela reinará. (SANTO AGOSTINHO, Paris, 1862)
O Evangelho Segundo o Espiritismo.

sábado, 7 de julho de 2012

NÃO VOS INQUIETAIS PELA POSSE DO OURO


NÃO VOS INQUIETAIS PELA POSSE DO OURO


9. Não vos inquietais pela posse do ouro, ou da prata, ou de outra moeda em vossa bolsa. Não prepareis nem um saco para o caminho, nem roupas, nem sapatos, nem bastão, porque aquele que trabalha, merece ser alimentado.
10. Em qualquer cidade ou em qualquer vila que entrardes, informai-vos de quem é digno de vos alojar, e permanecei com ele até que vos fordes. Entrando na casa, saudai-a dizendo: Que a paz esteja nesta casa. Se essa casa dela dor digna, vossa paz virá sobre ela; e se ela não for digna, vossa paz retornará a voz.
       Quando alguém não quiser vos receberdes, nem escutar vossas palavras, sacudi, em saindo dessa casa ou dessa cidade, o pó de vossos pé. Eu vos digo em verdade, no dia do julgamento, Sodoma e Gomorra serão tratadas menos rigorosamente do que essa cidade. (São Mateus, cap. X,v, de 9 a 15)
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11. Essa palavras que Jesus dirigiu aos seus apóstolos, quando os enviava pela primeira vez para anunciar a boa nova, não tinham nada de estranhas nessa época: estavam de acordo com os costumes patriarcais do Oriente, onde o viajante era sempre recebido sob a tenda. Mas, estão, os viajantes eram raros; entre os povos modernos, o aumento da circulação levou a criar novos costumes; não se encontram os costumes dos tempos antigos senão nas sregiões distantes onde o grande movimento ainda não penetrou; e se Jesus retornasse hoje, não poderia mais dizer aos seus apóstolos: Ponde-vos a caminho sem provisões.
       Ao lado do sentido próprio, essas palavras têm um sentido moral muito profundo. Jesus ensinava assim aos seus discípulos a se confiarem à providência; depois, estes nada tendo, não poderiam tentar a cupidez daqueles que os recebessem; era um meio de distinguir os caridosos dos egoístas; por isso, lhes disse: “Informai-vos de quem é digno de vos alojar”; quer dizer, quem é bastante humano para abrigar o viajante que não tem com que pagar, porque estes são dignos de ouvirem a vossa palavra; pela sua caridade, vós os reconhecereis.
       Quando àquele que não quiserem nem recebe-los, nem escutá-los, disse aos seus apóstolos para os maldizerem, se imporem a eles usar violência e de constrangimento para os converter? Não; mas para irem pura e simplesmente para outro lugar, e procurar as pessoas de boa vontade.
       Assim diz hoje o Espiritismo aos seus adeptos. Não, violentais nenhuma consciência; não lanceis anátema sobre aqueles que não pensam como vós; acolhei aqueles que vêm a vós e deixai em paz os que vos repelem. Lembrai-vos das palavras do Cristo; outrora o céu se tomava pela violência, hoje pela brandura. (Cap. IV, n.º 10, 11)


FONTE:  O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO