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sábado, 15 de outubro de 2011

SEDE PERFEITOS

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
SEDE PERFEITOS


Caracteres da perfeição – O homem de bem, - Os bons espíritas. – Parábola do Semeador. – Instruções dos Espíritos: O dever. – A virtude. – Os superiores e os inferiores no mundo. – Cuidar do corpo e do espírito.

CARACTERES DA PERFEIÇÃO

1. Amai os vossos inimigos; fazei o bem àqueles que vos odeiam e orai por aqueles que vos perseguem e que vos caluniam; porque se não amais senão aqueles que vos amam, que recompensa com isso tereis? Os públicanos1 não fazem também? E se vós não saudardes senão vossos irmãos, que fazei nisso mais que os outros? Os pagãos não o fazem também? Sede, pois, vós outros, perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito. (São Mateus, cap. V.v.44, 46, 47,48).
1. Não podiam servir de testemunhas ou juizes, sendo excluídos da sinagoga.  Aos olhos da comunidade judaica, essa desonra estendia-se até suas famílias. (fonte: NVI). No entanto nas suas atitudes relatadas nas escrituras fica explícita a disposição em arrependerem-se: alguns iam ao encontro de João Batista se batizavam.

2. Uma vez que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta máxima: “Sede perfeitos como vosso Pai celestial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de se atingir a perfeição absoluta. Se fosse dado à criatura ser tão perfeita quanto o Criador, ela tornaria-se-lhe-ia igual, o que é inadmissível. Mas os homens aos quais Jesus se dirigia não teriam compreendido essas nuanças; ele se limitou a lhes apresentar um modelo e lhe disse para esforçarem por alcançá-lo.
         É preciso, pois, entender, por essas palavras, a perfeição relativa, aquela da qual a Humanidade é suscetível, e que mais à próxima da Divindade.  Em que consiste essa perfeição?  Jesus o disse: “amar os inimigos, fazer o bem àqueles que nos odeiam orar por aqueles que nos perseguem”. Ele mostra, assim, que a essência da perfeição é a caridade em sua mais larga acepção, porque ela implica a prática de todas as outras virtudes.
         Com efeito, observando-se os resultados de todos os vícios, e menos dos simples defeitos, se reconhecerá que não há nenhum que não altere, mais ou menos, o sentimento da caridade, pois todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que são sua negação; porque tudo o que superexcita o sentimento da personalidade, destrói, ou pelo menos enfraquece, os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. O amor ao próximo, levado até ao amor dos inimigos, não podendo se aliar com nenhum defeito contrário à caridade é por isso mesmo, sempre o indício de maior ou menor superioridade moral; de onde resulta que o grau da perfeição está na razão direta da extensão desse amor; por isso Jesus, depois de ter dado aos seus discípulos as regras da caridade naquilo que ela tem de mais sublime, lhes disse:
“Sede, pois perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito”.

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